Em 1867, um americano de Chicago, cuja identidade permanece desconhecida, inventou o copo menstrual abaixo. O acessório foi desenhado de forma que ficasse preso a um fio preso a um cinto. Não se sabe se chegou a ser fabricado ou não. Mas essas ilustrações dão uma boa ideia de como funcionaria no corpo de uma mulher:
Anos depois, a estadunidense Leona Chalmers inventou e patenteou, em 1937, o que foi considerado como o primeiro copo menstrual comercial. Veja como era o copo concebido por ela:
O coletor era feito de borracha. Mas, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a escassez da borracha levou a produção ao fim. Na época, esse assusto era tabu e muitas mulheres resistiam. Não gostavam do copo porque era difícil, muito pesado e provavelmente porque tinham receio de introduzir um objeto estranho dentro de seus corpos. As instruções para a inserção do copo eram semelhantes ao de hoje:
Da década de 1950 até 1970, Chalmers fez parceria com uma grande empresa para produzir uma nova versão do copo, chamado de Tassette. A empresa até criou uma versão descartável, o Tassaway. A fim de combater a popularidade de absorventes, investiram em uma enorme campanha de educação, promovendo palestras por todo o país. Apesar das inúmeras tentativas, as mulheres ainda não se sentiam tão confortáveis em manipular o seu próprio corpo e, muito provavelmente, menos ainda, os seus órgãos sexuais. Em 1973, a empresa fechou suas portas e os copos deixaram de circular nos EUA.
Leona W. Chalmers também escreveu o livro “O lado íntimo da vida de uma mulher”, que falava sobre cuidados vaginais e higiene sexual.
Nos anos 2000, a ideia voltou à cena. Desta vez, recomendado por médicos: um material novo, que é feito para combater bactérias resistentes, e hipoalergênico – ao contrário daquele feito com látex. O silicone foi rapidamente adotado como o material padrão para copos menstruais, tanto por causa desses benefícios, como por ser mais suave e mais flexível, fazendo com que a taça fique mais fácil de dobrar e inserir. Além disso, o silicone, por ser mais suave que o látex, tornou o uso mais confortável.
Minha experiência:
Depois de ler milhares de depoimentos na internet, fiquei curiosa. Testei o da Inciclo.
Existem dois modelos de copinho: um para mulheres sem filhos, com menos de 30 anos, e outro para mulheres mais velhas e que tenham filhos. No começo, foi super estranho. Várias coisas vieram na minha mente e eu não fazia ideia como ia colocar aquilo. Após assistir a videos na internet, me senti mais segura. No primeiro dia, me senti incomodada. Mas, ao mesmo tempo, animada. Por ser algo diferente e novo, só conseguia pensar “MEU DEUS, TEM UM COPINHO DENTRO DE MIM!!!!”. Ele vem com uma pontinha que fica pra fora, para ser puxado depois. Para tirar, é preciso eliminar o vácuo. Senão, dói e pode machucar.
Uma coisa é inegável: a sensação de liberdade que ele traz. No segundo dia de experiência, andei muito, sai com amigos e só fui lembrar que estava com o coletor ao final do dia. Sem calcinhas manchadas, sem vazamentos – pode acontecer se você não encaixar o coletor direito -, sem odores (o mau-cheiro vem justamente do contato do sangue menstrual com o ar) e sem xixi vermelho. Além disso, existem médicos que defendem que os absorventes convencionais, especialmente os de uso interno, podem causar o ressecamento extremo da mucosa vaginal e a proliferação de bactérias e toxinas (devido à grande quantidade de sangue “retido” no material). Problemas como a candidíase e infecções urinárias podem se tornar comuns, como desconfortos (prurido, vermelhidão e ardência), devido ao material de que são feitos os absorventes. Os coletores menstruais, por outro lado, são feitos de silicone, um material hipoalergênico que se ajusta ao corpo da mulher.
Embora o preço dos coletores (que varia entre R$60-100) possa parecer um tanto alto, o material é 100% reutilizável. O coletor pode ser usado por anos e anos, bastando higienizá-lo após o uso e fervê-lo entre um ciclo e outro.
Além de liberdade, o coletor menstrual me proporcionou melhor conhecimento íntimo.
Deixo aqui esses vídeos que podem te ajudar:
Para saber mais sobre os coletores da Inciclo, acesse o site > http://www.inciclo.com.br/
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Fonte:
http://www.mum.org/CupPat1.htm
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