
Maria Guilhermina Loureiro de Andrade foi uma proeminente professora e intelectual brasileira. Nasceu em Ouro Preto, em 1842, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1929. Filha primogênita de uma prole de 11 filhos, ela e suas cinco irmãs seguiram os passos da mãe, Leonor Augusta Loureiro de Andrade, e se tornaram professoras.
A família Loureiro de Andrade foi proprietária de uma escola particular na cidade Rio de Janeiro. O Colégio Andrade funcionou entre as décadas de 1870 e 1920, e esteve localizado em diversos bairros como: na Lapa, no Engenho Novo e no Catete. A mudança de endereço das escolas particulares era uma realidade no século XIX já que elas funcionavam em prédios alugados.
Nessa “família de professoras”, a trajetória de Maria Guilhermina se destaca. Em busca de formação profissional Maria Guilhermina, em companhia de sua mãe, viajou para os Estados Unidos. Entre os anos de 1883 e 1887 morou na cidade de Nova York.
Nessa cidade obteve formação profissional na metodologia dos jardins de infância, que era uma proposta de ensino para crianças com idade entre 3 e 6 anos. Em Nova York Maria Guilhermina foi aluna de Maria Kraus-Boelté, uma destacada personagem na história da educação estadunidense.
Ao retornar ao Brasil Maria Guilhermina reestruturou o Colégio Andrade. Em 1888 o Colégio passou a oferecer um jardim de infância e um curso de formação de jardineiras (formação de professoras para atuarem nas classes infantis). Esse curso de formação de jardineiras é considerado o primeiro do país.
Além de professora, Maria Guilhermina atuou no espaço público de diversas formas. Foi autora e tradutora de livros didáticos; contribuiu com matérias sobre a temática educacional para jornais; proferiu palestras em congressos e eventos; participou da criação da Associação dos Professores do Brasil; atuou como vice-presidente da revista pedagógica A Eschola, produzida pela Associação; e foi convidada para lecionar pelos governos das cidades de São Paulo e Belo Horizonte.
Maria Guilhermina é uma importante personagem para a história da educação brasileira. Foi uma mulher de garra e do seu tempo. Ela se apropriou do magistério, enfrentou limites sociais impostos ao sexo feminino e inscreveu seu nome na história da educação brasileira.
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