Maria Auxiliadora Lara Barcelos

 

Maria Auxiliadora Lara Barcelos estudava em Belo Horizonte, e dava aulas com sua irmã numa escola dirigida por sua avó, para crianças pobres em favelas da cidade, aos 14 anos. Começou a estudar Medicina, em 1965, na Universidade Federal de Minas Gerais. Em março de 1969, abandonou a faculdade para integrar o VAR-Palmares. Foi presa no dia 21 de novembro de 1969, com Antônio Roberto Espinoza e Chael Charles Schreier. Dora, ou Dodora, como era chamada, e foi vítima de torturas severas. Ela passou por choques elétricos e palmatórias nos seios.

Dora entrou na lista dos 70 presos políticos banidos para o Chile. Lá, ela deu suas declarações sobre as torturas sofridas no Deops a um documentário intitulado “Brazil: A Report on Torture” (1971). Após o governo do ditador Augusto Pinochet ter impedido que ela continuasse seus estudos no Chile, Dora migrou para a Bélgica e conseguiu asilo político na Alemanha Oriental, em 1974.

Em 1976, foi internada numa clínica psiquiátrica em Spandau devido a problemas de amnésia. Embora tenha recebido alta, atirou-se nos trilhos de um trem na estação de metrô Charlottenburg, em Berlim Ocidental, em 1º de junho de 1976, morrendo instantaneamente.

FONTE: http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/maria-auxiliadora-lara-barcelos/

 

Documentários sobre Dora:

Retratos de Identificação, dirigido por Anita Leandro, de 2014.

 

 

“Não é hora de chorar” é o registro de depoimentos de revolucionários brasileiros chegados ao Chile em janeiro de 1971. Produção do Departamento de Cinema da Universidade do Chile (Cine Experimental), dirigida e roteirizada por Pedro Chaskel e Luiz Alberto Sanz.

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